O Al Hilal será o quarto time da carreira de Neymar após passagens por Santos, Barcelona e PSG. O time da Arábia Saudita é o mais popular do país, tem história multicampeã e já contou com nomes importantes e conhecidos no Brasil, como Rivellino, Thiago Neves e até Jorge Jesus.
O poder aquisitivo do clube, que pagará 90 milhões de euros (R$ 484 milhões na cotação atual) aos franceses, além de salários altíssimos ao brasileiro, sempre foi alto. Agora, com o financiamento do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano de investimentos do país, isso se intensificou.
Não à toa, além de Neymar, o Al Hilal já havia tirado outros jogadores, como o também brasileiro Malcom, Koulibaly, Rúben Neves e Milinkovic-Savic, além do retorno de Jesus.
"É um time com uma estrutura muito boa. É o melhor da Ásia, ótimo para trabalhar. Tem muita expressão em termos de torcida. É um 'Corinthians da Arábia'. Joga sempre em estádios lotados", contou Carlos Eduardo, hoje no Botafogo, à ESPN em 2018, quando defendia o Al Hilal.
A relação do clube saudita com os brasileiros, aliás, é bem antiga. O craque Roberto Rivellino defendeu a equipe - depois de sair do Fluminense - entre 1979 e 1981. Foi ídolo no país e venceu o bicampeonato nacional e uma Copa do Rei. Em anos mais recentes, jogadores como Thiago Neves e Digão, outros ex-tricolores, também fizeram bastante sucesso por lá.
É curioso que o Al Hilal tem ligação com a família real saudita, o que fazia com que os presentes para os jogadores após vitórias ou títulos fossem bastante generosos.
"Eles dão muitos presentes, como carros, celulares, até dinheiro vivo. Isso anima a galera, né (risos)? Eu mesmo ganhei um Rolex bem bonito. E quando viajamos para fora do país, podemos usar o avião da família real", contou Digão, que concorda com a comparação com gigantes do Brasil.
"Todo jogo em casa é estádio cheio, com uns mosaicos geniais, igual se fosse Corinthians ou Flamengo, é impressionante", disse o zagueiro ex-Fluminense, que já ganhou até bolo com seu rosto personalizado nos tempos de Al Hilal – ele ficou no clube de 2014 a 2016.
"Teve uma vez que cheguei em um restaurante e o cara tinha feito um bolo com uma foto enorme minha jogando pelo time, foi muito legal", relatou.